O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reunirá com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (Progressistas), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), nos próximos dias. O objetivo é melhorar a relação do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional e tentar impedir a aprovação das chamadas pautas-bomba, tidas pelo governo como ameaças às contas públicas.
Ao mesmo tempo em que tenta impedir as chamadas “pautas-bomba”, o governo avalia políticas de corte de gastos. Umas das propostas defendidas pela equipe econômica é a que regulamenta o teto de gastos do funcionalismo para coibir os super salários dos servidores públicos.
Depois da reunião de realinhamento com Lula, líderes da base receberam a missão de intensificarem a articulação política entre os parlamentares para que se evitem novas derrotas no Congresso. O primeiro teste será na próxima quarta-feira (24), em votação conjunta de deputados e senadores. O planalto trabalha para barrar a derrubada do veto de R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares.
A estratégia de convencimento do governo está em curso, com a liberação antecipada de emendas já previstas. A prioridade é evitar a aprovação de novas despesas, como a “PEC do Quinquênio”, que cria um aumento de 5% no salário de servidores de carreiras jurídicas, a cada cinco anos, com custo de R$ 42 bilhões por ano.
O governo também quer evitar uma alternativa ao Programa de Auxílio ao Setor de Eventos (Perse), que tem custo estimado em R$ 20 bilhões.
Em rota de colisão com Lira, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), negou crise com o Congresso.
“Acho que está superado. Não tem crise. Temos uma prioridade absoluta já na próxima semana. É um projeto importante para consolidar a saúde das contas públicas”, avaliou Padilha.
Na mesma sessão de quarta, a oposição e o centrão pressionarão para impor outra derrota ao governo. Espera-se derrubar o veto da “Lei da Saidinha” e impedir presos de visitarem familiares em datas comemorativas.
“Nós não podemos mais continuar a aceitar que bandidos perigosos deixem os presídios e continuem a praticar crimes durante esse benefício”, pontuou o deputado Alberto Fraga (PL).
Conteúdo reproduzido: Band/Uol.