Em entrevista na manhã desta sexta-feira (05), no Programa Paraíba Verdade, na Rádio Arapuan FM Patos, o secretário municipal de Saúde de Patos, Leônidas Dias, revelou que os gastos com saúde pública durante o ano de 2023 no município foram de R$ 102 milhões. Com uma contrapartida de 45 milhões do Governo Federal, o município teve que recorrer a emendas parlamentares do deputado federal Hugo Motta (Republicanos) para poder ofertar os serviços essenciais à população.
Na matemática da insuficiência, apresentada nesta manhã, basta conferir os valores repassados no período pelo Ministério da Saúde (União) e pelo Governo do Estado da Paraíba para o município e perceber que houve um percentual de investimentos locais de mais de 100%. Assim, a população patoense pôde contar com consultas, exames, cirurgias, deslocamentos, etc.
O SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) custa para Patos R$ 1 milhão por mês. A contrapartida maior, para que ocorra esse funcionamento, é do município. “No dia em que não houver emendas parlamentares os programas federais acabam”, enfatizou Dias.
Para que as unidades de Pronto Atendimentos de Patos (UPAs) funcionem, mensalmente, é preciso desembolsar R$ 1,6 milhão; R$ 800 mil cada. A Prefeitura paga essa conta recebendo apenas R$ 125 mil (R$ 100 do Governo Federal e R$ 25 mil do Estado), sendo que a unidade do Campo da Liga é a única “beneficiada”.
Fora as UPAs e o SAMU, o município precisa colocar em atividade diariamente todos os programas que funcionam em “parcerias” com os governos, pois passaram a ser necessidades e exigência da população. Entretanto, esses exigem contrapartida municipal; se o município não tiver esses recursos e não contar com as emendas parlamentares, os programas correm o risco de deixarem de ser ofertados.