Uma caminhada, na manhã de terça-feira (dia 2), saindo da Praça João Pessoa para a Praça Getúlio Vargas, no centro, marcou o Dia Mundial de Conscientização do Autismo (2 de abril), dentro da programação do Abril dedicado ao Autismo na cidade de Patos.
Alunos de escolas patoenses, como os do Colégio Cristo, foram às ruas para mostrar a sociedade que estão unidos na causa pelos direitos e ampliação desses às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O tema “Quem cuida precisa de cuidados: saúde mental dos pais de autistas” procura mostrar ao poder público e a sociedade que há uma necessidade de estender condições também de amparo e direitos aos pais e cuidadores.
No próximo domingo, dia 7, mais uma vez ocorrerá o piquenique das famílias a partir das 7h30, na Praça Getúlio Vargas; no sábado, dia 13, às 10h, será celebrada a Missa Inclusiva, na Igreja de Santo Antônio; na quarta-feira, dia 17, às 18h, o tema Autismo estará em evidencia na sessão da Câmara Municipal de Patos.
Ainda, de 24 a 26 deste mês, no auditório da OAB, Seção Patos, ocorrerão debates sobre o tema deste ano, bem como discussões sobre o Autismo.
Em Patos, A Associação de Pais e Amigos de Autistas de Patos e Região, responsável também pela programação deste mês, existe para proporcionar aos autistas e suas famílias condições de reconhecimento e luta pelos direitos da pessoa com TEA. Ela é responsável pelas mudanças e melhorias já favorecidas.
No cotidiano patoense, um casal tem se destacado pela luta empreendida em prol das conquistas para as pessoas com Autismo, da mesma forma aos seus familiares: a psicopedagoga Elizângela Corsino, que atua no acompanhamento também de pessoas com TEA, e o advogado Dr. Corsino Neto. Os pais do “João Autista”, um garoto que em suas redes sociais tem mostrado o dia a dia da pessoa com Autismo, conseguem estabelecer informações importantes de rotinas progressivas e transformadoras a quem necessita de maiores cuidados. João tem se revelado cada vez mais uma figura exemplar de como um autista pode evoluir e se inserir num espaço social que ainda impõe dificuldades.
No Brasil, uma lei de 2012, denominada de Lei Berenice Piana, foi criada para garantir às pessoas com TEA o pronto diagnóstico precoce, tratamento, terapias e o fornecimento de medicamentos através do SUS (Sistema Único de Saúde) Essa mesma lei prontifica o acesso à educação, proteção social e trabalho.
Outra lei, a Lei Romeo Mion, de 2020, estabeleceu a criação da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea). Ela possibilita a identificação do autismo visualmente, condicionando facilidades ao acesso de atendimentos prioritários, e outros direitos, como: a garantia de estacionamentos em vagas para pessoas com deficiência. Mas muito ainda precisa ser aprimorado e concedido pelo poder público às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Membros da diretoria da Aspaa.