Dia Nacional da Caatinga
Avanço da desertificação na caatinga vai ser debatido no Senado
A caatinga, que só existe no Brasil, tem a maior área de florestas tropicais sazonalmente secas da América do Sul.

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) realiza nesta terça-feira (28), a partir das 14 horas, audiência pública para celebrar o dia nacional da caatinga e debater sobre as ações contra a desertificação do bioma. O requerimento (REQ 21/2024 – CMA) apresentado pelos senadores Teresa Leitão (PT/PE), Beto Faro (PT/PA) e Jaques Wagner (PT/BA) alerta para a ameaça de destruição daquele bioma e do sustento das comunidades tradicionais que vivem na região.

“A importância da caatinga e o seu papel no combate às mudanças climáticas são reconhecidos cientificamente e também pelo ordenamento brasileiro que instituiu o dia 28 de abril como o Dia Nacional da Caatinga. Esse bioma, contudo, continua sendo profundamente atingido por diversos fatores que vêm culminando na desertificação noticiada recentemente como o registro de regiões áridas de deserto no norte da Bahia”, justifica a senadora Teresa, no requerimento.

A caatinga, que só existe no Brasil, tem a maior área de florestas tropicais sazonalmente secas da América do Sul. Ocupando cerca de 11% do território nacional, ela fica na região Nordeste. O nome caatinga tem origem no Tupi-Guarani e significa “mata branca”, por conta do aspecto da vegetação na época da seca, quando as folhas caem permanecendo os troncos retorcidos e esbranquiçados das árvores e arbustos.

O bioma tem uma fauna e flora diversa, com mais de 4.900 espécies de plantas registradas. Várias delas são exclusivas da região. Apesar dessas características, é o ecossistema mais desmatado do país, principalmente pela pecuária e agricultura de subsistência, segundo o Instituto Nacional do Semiárido (INSA). A degradação do solo e a diminuição da cobertura vegetal são apontadas como causas do aumento da desertificação.

Fonte: Agência Senado

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